Durante os dias 24 a 26 de janeiro de 2012, Regis Bailux orientou um laboratório audiovisual, dentro da reserva indígena Pataxó, no ponto de cultura Aldeia Velha. Vanessa Ferreira colaborou com a edição de áudio e compartilhou seus relatos aqui.

(...)Conhecimento é isso, os pataxós contando histórias e estórias, e eu tentando aprender algumas palavras em patxohã. Depois o inverso, eu falando de mídias e eles anotando e logo articulando. Troca e escambo só de ideias/conhecimento, cultura e afetos.

Ao final das atividades, no dia 25 de janeiro,  foi realizada uma oração no ponto de cultura na Aldeia Velha.

Tati Prado postou no blog da Metareciclagem uma crítica bastante perninente sobre as ligações simbólicas, elos, confiança e gentileza. Eis um recorte:

(...) a cada vez que vejo alguém ser lembrado de que a porta da rua está logo ali ou sair sem que outras pessoas sequer lamentem, me pergunto o que significa realmente aquela história de “tecnologia é mato, o importante são as pessoas” (que foi dita pelo dpadua e um monte de gente adota como assinatura). Se meu lado nômade é capaz de compreender que ir e vir é algo natural na vida e é também um direito-desejo fundamental, por outro, tenho a impressão que ninguém tem a menor importância para esta Rede. É uma espécie de “tanto faz”, que soa como soberba, pois na entrelinha está o fato dela continuar existindo porque suas crenças e premissas são maiores do que a possibilidade de se deixar afetar radicalmente por quem passa. Em outras palavras, a força do coletivo se sobrepõe à do indivíduo da mesma forma que em outros agrupamentos sociais bem convencionais (a gente, um aglomerado de pessoas físicas, é tão diferente assim de um partido político ou instituição e tem discurso próprio?).