marcos rufino

Marcus Egito: telecentros, software livre e gambiarras

Marcos Egito, 33, mora no bairro de João Paulo II, em Camaragibe - uma cidade da região metropolitana do Recife. Hoje trabalha como educador social de software livre, no Centro Marista circuito jovem do Recife. "Estava fazendo Sistemas de Informação, mas tranquei o curso e vou fazer pedagogia!", comenta.

Também já trabalhou nos Trapeiros de Emaús, uma organização não governamental internacional que  trabalha com pessoas que não possuem acesso ao emprego formal. "Nos Trapeiros de Emaús passei  doze anos, fiz parte da diretoria. Começamos um curso de informática com as sucatas de computadores que recebíamos, fiz parte da comissão de jovens, representei a instituição no conselho do meio ambiente em Camaragibe. Foi lá que tive contato com Software livre, passei a participar do GUD-PE (grupo de usuários Debian).Tínhamos uma parceria com Banco do Brasil e fazíamos manutenção de Telecentros, diz".

Atualmente, Marcos trabalha no Centro de Recondicionamento de Computares (CRC) Recife, participa do Grupo de Usuários Python de Pernambuco (Pug-PE), da Robótica Livre, além de ser educador e militante de Softwar Livre, e voluntário de algumas instituições.leia mais >>

Quem ensina quem?

Marcos Rufino abriu uma thread para dialogar sobre as terminologias dadas ao nome daquelx que passa conhecimento (seja x mestrx, orientadorx, educadorx, facilitadrx) compartilhando a experiência que teve com seu filho:

 

Articulava com meu filho, Mizael, 14 anos, a possibilidade dele atuar comigo em um espaço aqui perto, que quer montar um telecentro mais ainda tem algumas dificuldades estruturais. Como eles têm uns PC's que não rodam mais, daria para fazer um oficina de manutenção preventiva. Foi quando minha esposa, Carmem, perguntou se Mizael teria condições de ser professor? Logo tentei fazê-la entender o que nome representa, e que o processo de aprendizagem é construído, co-participativo. E aí: Mestre, Professor, Orientador, Educador, ou Facilitador?

 

Marcelo Braz:

Aprendiz. Tenha a coragem de quebrar os sistemas de representação, não há autodidatismo como muitos acreditam. Não há mudança se ela não for compartilhada. Não há liberdade se as palavras e os corpos não puderem dançar juntos.

Orlando

Dá pra ver muitas situações nisso aí e não da para simplificar, acho. Gosto também do Aprendiz, já uso tem um tempão, mas tem a questão da legitimidade e dos públicos. Em alguns lugares serei pesquisador, em outros articulador, em outros oficineiro, em outros curioso, em outros, que podem ser os mesmos, outros nomes. O nome sempre pode e deve mudar, acho. O que se está fazendo nunca o é algo certo, exato, imediatamente compreensível nomear. Definitivamente, limita.

José Netoleia mais >>