liberdade

Entenda o Controle da Internet

Hoje, 10 de julho, deveria acontecer a votação do texto do Marco Civil, mas provavelmente será adiada. Possivelmente porque o Comitê Gestor da Internet foi incluído como órgão regulador e fiscalizador da neutralidade das redes. João Caribé, ativista em liberdade da rede, comenta:

 

É um grande golpe para aqueles que se mobilizaram por mais de dois anos na discussão e na elaboração desse projeto que foi construído de forma super-participativa e democrática e que agora está em fase final de tramitação, com a apresentação do relatório do Deputado Alessandro Molon.

 

E fez um videozinho explicativo:


Rafael Beznos compartilhou o trabalho de Timo Toots:

Em tempos de vigilância institucionalizada pseudo-libertária, esta criação ao meu ver desafia conceitos de privacidade na rede e expõe a vulnerabilidade das informações pessoais buscadas em páginas governamentais com um simples scan de identidade.

Entraves e desentraves

Amadeu Zoe compartilhou a retomada da DadaRadio. E também surgiu a improvável absolvição para a venda de DVD Pirata, que rendeu um comentário interessante de Marcelo Braz:

 

A lei tem um dispositivo, que não me lembro qual é, especificando que se alguém roubar comida para poder sobreviver não é crime. Do mesmo modo, "roubar" cultura para pensar não é crime. Esse juiz analisou ao invés de julgar à letra morta.

 

Porém, enquanto isso...uma notificação judicial exigiu que o site Livro de Humanas fosse fechado sob a alegação de fazer pirataria. Ainda sob entraves, Tati Prado linkou a carta dos conselheiros do Conselho Nacional de Política Cultural, que ponta problemas na participação social no atual modelo imposto pela ministra Ana de Hollanda.

Desconsumos

Alguns dias atrás, Fabs trouxe o texto Capitalismo, Movimento e a Grande Encruzilhada e seu comentário para a lista:

Nossa sociedade está viciada no capital. E aqui falo da sociedade como um todo, e não de tentativas individualizadas de não submissão ao capital. Nossa sociedade, sem visões separatistas, está, sim, viciada no lucro capital. E como todo vício, é preciso aceitar que se está viciado para poder então tratar de sua cura de maneira adequa. É o primeiro passo.

Lembrando de Thoreau e a Desobediência Civil, Felipe Cabral compartilhou o que seria a Desobediência Econômica:

 

A Desobediência Econômica é um conceito que inclui a desobediência civil e a social como forma de empoderamento e libertação da lógica do capital. O projeto que pretende conceber um manual pode ser acessado aqui.

Estrutras distribuídas

Na semana passada circulou entre as listas Metareciclagem, Estúdio Livre e Submidialogia um debate importante sobre as estruturas livres e distribuídas das redes, de redes sociais a ondas livres.

Fabs citou o n-1 que sugere um modelo livre e autogestionado para redes sociais. "Un dispositivo tecnopolítico sin ánimo de lucro que pretende ampliar nuestras posibilidades de crear y difundir contenidos usando herramientas libres, desarrolladas y autogestionadas desde una ética horizontal y antagonista para la base y desde la base". E, também comentou:

O n-1 podia ter a interface igual a do feice que não atrairia muito mais gente. O que dá certo no parquinho online do Zuckberg é seu modelo de "negócio". O n-1 jamais se prestaria a ser um negócio, pelo menos até onde conheço a galera ali. Não centralizariam infos, não teriam planos para que empresas pudessem ter propagandas dentro dele, não teriam planos de promoção de página, tampouco fabricariam relações para promover um determinado produto. E justamente por causa de todo esse negócio envolvido, não teriam seu ícone de conexão grudado em tudo quanto é lugar justamente porque quem paga quer ver retorno.

Rafael Reinehr comentou sobre sua experiência quando usou o Elgg (plataforma na qual o N-1 está baseada) em 2010:leia mais >>