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A Musa da Primavera: Entre o sim e o não existe um vão

*por siliamoan

 

A primavera chega nesse vão, com um respiro cheiroso de flores.É no vão que existe o momento de discussões, do ir ou ficar, do fazer ou  construir de uma nova forma.

Maneiras atreladas a falta de recurso, a percepção de petalas que podem florir, mas que acabaram de passar pelo frio de estalar os galhos e pedem um formato mais orgânico de existência.
Dizem que é o último ano.
Alguns querem vender, outros acreditar.

Uma passagem melhor? Seja espiritual, seja um avião para Quito ou para Santarém. Ficar perto dos amores. Seria a primavera um laboratório sazonal de experimentação com cores, elementos gráficos e cheiros?
A musa xxxxx, regente desse fim e do começo, surge inspirando os traços de tratados e acordos para um fim/começo mais honesto. Um oi, um carinho e uma verdade. Acompanhados de uma flor podem ser mais cuidadosos, e lá fora tem um tanto que a musa xxxxx rege para que possamos soprar todas ao redor.

Beat Brasilis e metareciclagens

Outro dia, Vitor trouxe um folder da Revista Beat Brasilis na lista. Vitor é de Rio das Ostras (RJ), tem 40 anos, trabalha como técnico ambiental, gosta de desenhar e escrever. E deu uma entrevista para o MutGamb dizendo o quanto esse núcleo influenciou sua produção

 

Como surgiu a ideia da revista?

Vitor: A história foi contada com detalhes aqui. Mas posso resumir assim: éramos um bando de desconhecidos que gostavam de ficar criticando uns aos outros numa comunidade do orkut que girava em torno do movimento literário norte-americano Beatnik. Ou Movimento Beat. Tem uns cinco anos isso. Até que aos poucos fomos nos cansando de competir mutuamente para ver quem era o mais sagaz e intelectual e começamos a pensar em criar alguma coisa com aquela energia criativa toda. Então montamos dois blogs que culminaram na Revista Beatbrasilis.

Como a revista se aproxima da Metareciclagem? leia mais >>

Ebooks, Ubatuba, dpadua

No fim do ano passado, durante a reunião de trabalho do MutGamb em Ubatuba, eu sugeri a consolidação da metodologia de disponibilização das nossas publicações em múltiplos formatos, como já vínhamos fazendo nas edições mais recentes do MutSaz. Para concretizar esse esforço, eu me propus a converter todas as publicações que já lançamos para que tivessem no mínimo uma versão ebook (EPUB) e uma versão navegável pelo site; além de documentar o processo. Na época eu não fazia ideia de quanto trabalho isso daria... não é nada tão complexo, mas dependendo do material de origem esse processo exige bastante atenção e um tempo razoável de dedicação. Eu acreditava que em dois ou três meses teria encerrado tudo, mas não foi bem assim. Em janeiro, lancei as versões navegável e ebook da nossa primeira publicação, o Histórias da/de MetaReciclagem. Hoje, depois de mais de dois meses trabalhando na primeira edição do MutSaz (primavera 2009), consegui finalmente publicar as versões navegável e ebook dela.

Aproveitei para registrar os percalços, descobertas e dicas para o futuro, para quem se interessa por minúcias técnicas do assunto. Está tudo aqui.leia mais >>

Wañuy Kawsay: é outono

 

Tati Wells disse que para os maias estamos no período de dias (ou rotacoes estelares) ocos ou vazios.

É outono. Nasce a nova musa, inspirada nas caveiras incas, representa o amarelar e perpassar de estações de extremos. A feição que não está mais viva, nem morta. É o meio, a passagem. Wañuy Kawsay, batizada por Orlando:

Ainda que colocadas assim, grosseiramente, morte e vida lado a lado, como se fossem diferentes, como se os significados que estão imbricados em nós pudessem ser os mesmos de um momento dos Quíchuas, sejam uma distorção, tradução / traição, nossa musa tem dois nomes, que podem até ser um só. Dois apenas por nossa limitação para o olhar do que não nos parece o mesmo. Dois por nossa deformação cultural, dicotomia moderna, ou dois porque simplesmente 2.