Outro dia, Vitor trouxe um folder da Revista Beat Brasilis na lista. Vitor é de Rio das Ostras (RJ), tem 40 anos, trabalha como técnico ambiental, gosta de desenhar e escrever. E deu uma entrevista para o MutGamb dizendo o quanto esse núcleo influenciou sua produção
Como surgiu a ideia da revista?
Vitor: A história foi contada com detalhes aqui. Mas posso resumir assim: éramos um bando de desconhecidos que gostavam de ficar criticando uns aos outros numa comunidade do orkut que girava em torno do movimento literário norte-americano Beatnik. Ou Movimento Beat. Tem uns cinco anos isso. Até que aos poucos fomos nos cansando de competir mutuamente para ver quem era o mais sagaz e intelectual e começamos a pensar em criar alguma coisa com aquela energia criativa toda. Então montamos dois blogs que culminaram na Revista Beatbrasilis.
Como a revista se aproxima da Metareciclagem?
Vitor: Existe uma identificação com a Metarec, disso eu sei. Talvez pelo fato da BB ser uma publicação totalmente on-line, surgida dentro de uma rede social, organizada, mantida e elaborada por pessoas que nunca se viram, sei lá.Mas quando retomamos o projeto da revista, que ficou "parada" um tempo, e isso no início de 2011, procurei levar para lá muitos dos bons exemplos que vi na MutSaz. Na verdade eu gostaria que a BB fosse uma publicação menos literária e mais cultural. E nesse contexto, acredito que a Cultura Digital terá um espaço importante na Beatbrasilis futuramente. Pelo menos vou continuar insistindo com meus colegas sobre isso. O próximo passo é fazer a diagramação totalmente em software livre. Já publicamos dois companheiros da Metareciclagem, o Orlando G. da Silva e o Felipe Fonseca. E pretendemos publicar outros.
Quem são os responsaveis pela revista?
Vitor: O conselho editorial hoje é composto por: Fabrício Busnello, Gerald Iensen, Guilherme Rocha, Jim Duran, Leandro Durazzo, Mauro Cass e Vitor Souza. Geralmente eu faço toda a diagramação, mas nessa última edição recebi a ajuda da Taly Procópio.
Qual a periodicidade?
Vitor: Nunca tivemos. Tentamos fazer edições sazonais, mas não rolou. O que foi uma pena, pois o Fabrício é uma baita poeta e ele escreveu editoriais maravilhosos para cada estação do ano. Mas ainda não temos patrocínio, então as pessoas tem que pagar suas contas se virando por aí, sendo que no final e infelizmente é a revista quem sofre.