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Realidades e Pessoas, por Isaac

Continuamos, mapeando gostos, saberes, sonhos e práticas. Trazendo a visão de que o computador não é um fim, mas um meio de conseguirmos ampliar o que queremos. Falamos também sobre consumo, obsolescência e desconstrução de tecnologia.

Esse é um dos trechos publicados Isaac, no post em que compartilhou as vivências da Oficina de Sensibilização e Experimentação em Itamaracá, que aconteceu entre os dias 22 a 26 de outubro de 2012.

E, mostrando a realidade desensível, que objetiva puramente o lucro, Isaac linkou o vídeo Domínio Público que aborda a relação investimentos X Copa do Mundo:

Está muito claro para nós, que grande parte desse dinheiro (para financiar a Copa do Mundo) sairá dos cofres públicos e servirá para enriquecer um grupo muito restrito de empreiteiros, políticos, bancos e empresários envolvidos com esses megaeventos. E o pior de tudo: várias comunidades estão sendo removidas, ilegalmente, das áreas de forte interesse imobiliário para periferias distantes, sem nenhuma infraestrutura e dominadas por milícias fortemente armadas e extremamente violentas.

Por outras geografias, ferramentas e documentações

Isaac esteve em Paudalho/PE, a 47km do Recife, e compartilhou sua percepção por aqui:

A região é marcada por duas atividades principais: monocultura de cana-de-açúcar (para produção de etanol e açúcar) e fabricação de artigos cerâmicos (olarias).A cultura da cana é bastante presente. Crianças ficam esperando completar a idade certa, para que possam ir trabalhar, tornando-se mais uma engrenagem da moenda.

Felipe Cabral pediu colaborações para o Floresta Vermelha, via Catarse:

Eles ministraram oficinas no Centro Cultural da Espanha em São Paulo, falaram do projeto e já divulgaram um vídeo massa falando sobre isso e mostrando o processo. Esse curta metragem é parte de uma pesquisa em torno da câmera open hardware que eles estão testando, isto é, os avanços e descobertas que ocorrendo vão redundar em muitas documentações para quem quiser se enveredar por esses caminhos.

Os relatos de Isaac em Camaragibe

Camaragibe é uma cidade com cerca de 145 mil habitantes, vizinha a Recife, que assim como sua cidade irmã, sofre com as problemáticas cotidianas que uma cidade tem. Lixo, buracos, pobreza, alagamentos e por ai vai. Isaac esteve lá, fez uma oficina e trouxe relatos para nós:

 

Finalzinho de maio, fui convidado pelo Laboratório de Intervenção Artística Laia, através do Marcone, para realizar uma oficina de metareciclagem em Camaragibe. A oficina faria parte de um conjunto de ações do Ponto de Cultura Tecer. Quem fez a ponte entre o Marcone e eu foi a Raquel Lira, que mora aqui em Recife e conheci no MetaEncontro Ôxe. Eu topei logo de cara e pensei em integrar uma galera que conheço. Convidei Natália Regina e Michel de Souza, que têm um empreendimento solidário - eccologin - e trabalham com meta-arte. Convidei também Suelen Cabral, uma amiga que trabalhou em diversos lugares com a problemática do lixo, atualmente participa de um grupo de estudo NESMA (Núcleo de Estudo, Educação, Sociedade e Meio Ambiente).leia mais >>

Isaac entrevista Natália Regina, do Eccologin

Um dos efeitos do Encontrão foi a aproximação da rede. Sob esse fluxo, conheci Isaac Filho 
e sugeri que enviasse colaborações para o MutGamb. Chegou hoje sua primeira colaboração como autor,
em uma entrevista com o pessoal do Eccologin :) 

 

Natália Regina, mais conhecida como Taia ou Nati. Tem 20 anos, mora no Recife e trabalha com inclusão digital. Atualmente é monitora de informática do Movimento Pró-Criança e também faz parte de um empreendimento solidário chamado Eccologin. Gosta de design e desenvolve suas loucuras no Inkscape.

Como conheceu o software livre?

Natália: Minha história com o Software Livre vem de algum tempo. No meu ensino médio (2008), fui estagiária de uma escola da prefeitura, e o Sistema Operacional que rodava/roda nas máquinas era/é Software Livre, até então não conhecia, e tinha um pouco de limitação, na real? Era acomodada com o Windows. Esse estágio durou um ano, e no meu PC, ainda continuava o proprietário. Como já gostava um pouco desse lançe de tecnologia, surgiu a oportunidade para eu fazer um curso de Informática, no CRC- RECIFE ( Centro de Recondicionamento de Computadores) Fui fazer minha inscrição, e passei. (: Aí que tudo começa, lá também era Software Livre, e depois de uns 8 meses utilizando esse tal de Ubuntu, minha mente se abriu, e fui começando a mudar meus conceitos sobre os Softwares Proprietários, e começando a fazer uso do Software Livre. E consigo fazer tudo que eu fazia antes em software proprietário em software livre. Ah, e no meu PC roda Software Livre.leia mais >>