Paulo Bicarato, 03/10/2007. Publicado em http://alfarrabio.org
Papo rolando na lista
FF lança:
o que me interessa na parada é realimentar a rede... se não fossem pessoas que assumiram o nome e afirmaram fazer metareciclagem, mas ao mesmo tempo contaram aqui na lista e deixaram a gente acompanhar e interagir, a gente talvez estivesse até hoje repetindo as mesmas coisas.
assim, metareciclagem não é uma coisa definida. é um jogo coletivo cujos objetivos são desvelar seus próprios objetivos. mas se não tiver gente chegando e reformulando a rede com novas perspectivas e idéias, ficam só as mesmas pessoas repetindo os mesmos objetivos de sempre.
aí a pergunta, como a gente assegura que uma prática seja ao mesmo tempo livremente replicável, mas tenha sempre essa onda de as pessoas contribuírem de volta com o coletivo?
Lelê embola:
Abriu a possibilidade de uma organização simbólica que propusesse uma horizontalidade sem cair na anarquia. Difícil? Muito. Impossível? Talvez. Mas reconhecer o impossível que nos organiza é uma de nossas responsabilidades (disse isso prumas descentradas tbém, hehehe). Temos uma responsabilidade tanto com nosso corpo qto com o próximo ou com a comunidade. Intervir e participar com nossa experiência se misturou com outras línguas definitivamente (no sentido de saliva mesmo). Podemos compartilhar coisa com amigos e isto é fundamental.
FF replica:
aí tem mais questões... falar em "controle" e "coletivo" na mesma frase é necessariamente flertar com o demonho? ou talvez seja exatamente isso que mantenha o "livre" viável? de um jeito ou de outro, GPL é uma forma de controle coletivo, não é? controle comunitário talvez? mas existe uma comunidade aqui? ou são só conversas que compartilham uma sensibilidade, sem necessariamente virar uma formação "em rede"?
aspas, "aspas", "'
HdHd invade a área:
metareciclagem é potência. não é poder. logo não cabe uma formatação nos termos de associação, filiação ou que seja. Já tivemnos essa discussão antes. E percebemos que meta não é ong. meta é relação com as pessoas, é agenciamento, é rizoma, é rede.
Mas admito que me incomoda quando pessoas que não têm nada a ver com esse movimento, amigos ou inimigos, utilizam o metareciclagem como uma marca, como status... ou o escambau. Eu acho que temos que pensar em algo. Gosto da proposta do Dalton, pois a participação de cada um é o que faz do meta a ação. Cada um participa de um jeito diferente. Mas, o karma de cada um tem q ser melhor apropriado pela própria rede do meta.
Dalton mata no peito:
bem, o assunto avança e bem...
se somos uma comunidade, tudo depende de como vemos isso...
eu vejo que sim.
Pq?
estamos em contínuo processo de aprendizado informal uns com os outros...
compartilhamos momentos...
tecemos amizades...
dividimos idéias, sonhos, projetos...
isso parte daqui, muitas vezes...
por exemplo, falando por mim, minha vida vem mudando muito devido a isso aqui...
pois é, comunidade é multidão.
Conclusões? Não, nenhumas... mas que é uma delícia ver esse povo discutindo, ah, isso é!
Isso vai longe, bem longe...