Nada melhor do que uma tarde chuvosa em São Paulo para reunir um bando de metarecicleirxs e lançar a nova edição do MutSaz Pozimi, comemorando o inverno e trazendo promessas de futuros imaginários. Acesse ou baixe agora:
Nada melhor do que uma tarde chuvosa em São Paulo para reunir um bando de metarecicleirxs e lançar a nova edição do MutSaz Pozimi, comemorando o inverno e trazendo promessas de futuros imaginários. Acesse ou baixe agora:
*para ler ouvindo esse som, por Sília Moan
Com o gosto na boca da estação passada e o frio nos dedos, aguardamos os raios de sol primaveris. Eis que por entre folhas eles vão surgir, flores vão cair e vamos sentir que estamos encenando e não vivendo. Qual é a diferença entre ser, de fato, e viver? Ou melhor, um é realmente inerente ao outro? Por ser uma estação que é logo junto do inverno, posterior e colada a ele, a privamera traz esse tipo de reflexão, mas agora em outro tom: com cores.
Nasce Zophie, filha de Zephyr com Sofia. Ela é ritmo de vento, vontade de afinar o instrumento que passou o inverno guardado e sair tocando em flores. Zophie deixa o cabelo voar, deixa raízes tomarem conta de seu pescoço e galhos invadirem sua cabeça.
É a mescla de Wiqua e de Pozimi, ambas inspiradas em cartazes da década de 20 do art nouveau. Tem um rosto duro, como a musa do inverno, mas seu contexto é de flores, vento e sensações primaveris.
É inverno. Tempo de introspecção, hibernação, recolhimento, reflexão, silêncio de palavras, questões da alma. Tempo de espera para o desabrochar.
Na rede surgem alguns editais, a moda do crowdfunding. O compartilhar das ideias, um pouco de espera para colher resultados. A dinâmca do final de outono, nascimento de primavera.
O MutSaz do inverno de 2011 faz uma chamada de colaborações diferente. Um edital de "Projetos Lúdicos para um Mundo Imaginário". Queremos agregar projetos que no mundo real, de indústrias criativas rentáveis, seria impossível submeter ou mesmo ter alguma validade.
Uma provocação ao projetês, aos núcleos de articuadores de "políticas públicas" que muito fazem de forma não compartilhada, que fomentam eventos e não encontros entre pessoas.
É o retorno ao mundo das feiras de ciências, de inventivadades. Um momento de ebulição criativa sem compromisso ou intenção de ser contemplado com dinheiro na conta bancária, de ser transformar em protótipos que empresas e/ou governos poderão mostrar como troféu.
O sonho que vira ideia, a ideia fantástica que é compartilhada, o compartilhamento que se transforma em um inventário para um mundo possível mais legal, divertido e saudável. Projetos que rompem a lógica linear dos objetivos e metas, das leis de propriedade e da física.
E se você, se nós pudéssemos criar qualquer coisa? Qual seria a coisa mais extraordinária que criaríamos? Não para uso e fim pessoal, mas para a construção de cenários coletivos?leia mais >>
Estações abrem e fecham ciclos. Inverno, particularmente, traz a tona uma série de lembranças guardadas no passado e , as vezes, mal resolvidas. Traz a sensação de que voltamos no tempo: novamente o tom de cinza borrando o céu, novamente a dúvida entre ir ou ficar, mais uma vez a vontade de algo que aqueça o corpo.