Pozimi ressurge ao fim de mais um longo inverno, trazendo ideias para futuros imaginários.
Editorial
"Fique à vontade, invente o que quiser. Aqui tudo cabe!" Faça um convite assim e você vai descobrir. Pode ser pela educação, conscientizando os pequenos, distraídos em frente a telas, de que a natureza e nós somos uma coisa só. Pode ser indo ali e plantando, abraçando a terra, ajudando-a a frutificar, e repartindo os frutos com quem quer que seja, sem pensar em vendê-los, sem pensar em sugar a terra e exportar seu suco em caixinhas, quintais de código aberto.
Podem ser intervenções de outra natureza, na outra natureza. Transformações em cima dos estragos que nós mesmos criamos, objetiva ou subjetivamente. Limpar o espaço do lixo que nós mesmos colocamos lá. Parar de transformar árvores e petróleo em embalagens que, devolvidas à terra, não a alimentam. Mostrar pras pessoas que dá sim pra ser feliz com o corpo que elas tem. Criar formas de facilitar o entendimento entre seres, seja abrindo o código da linguagem imediata, seja abrindo o código da interação entre homem e máquina - que no limite é também interação entre os homens.
"Somos a revolução, o barulho que se faz em silêncio. Somos as formigarras. Trabalhamos sem dinheiro, mudamos o mundo, não temos interesses subentendidos. Isso é preocupante! " (Pra que não reste dúvida, marco aqui, com um riso, a ironia, rs.)
Somos esse tipo de gente que topa um edital poético, sem retorno financeiro, e sem promessa de aplicação no mundo real, esses doidos que passam a vida tentando equilibrar os anseios com a subsistência nesse "mundo real de indústrias rentáveis". Os desajustados, lunáticos, os meninos que "não têm jeito mesmo!"
Abra uma chamada de projetos lúdicos para um mundo imaginário e você vai descobrir que o que a gente quer, ainda, sempre, é mudar o mundo. É paz-revolução, amor, e poesia. =)"