O CRC Recife e o coletivo do Coco de Umbigada participaram juntos do evento chamado Cozinha, que aconteceu entre 20 a 24 de novembro, no Museu de Arte Contemporânea, em Olinda. Isaac compartilhou a ação do grupo de robótica livre do CRC Recife, que participou de exposição de robótica livre no dia 22.
Marcelo Braz trouxe a V Plenária de Economia Solidária, que está acontecendo em Brasília.
Perto (e cada vez mais perto) do Fim do Mundo, Yupana Kernel abriu uma thread sobre ForaClusãoDigital:
O conceito de "Foraclusão Digital" poderia servir a uma esquizoanálise tecno-libertária? Conceito forjado por Jacques Lacan para designar um mecanismo específico da psicose, através do qual se produz a rejeição de um significante fundamental para fora do universo simbólico do sujeito. Quando essa rejeição se produz, o significante é foracluído. Não é integrado no inconsciente, como no recalque, e retorna sob forma alucinatória no real do sujeito. No Brasil também se usam "forclusão", "repúdio", "rejeição" e "preclusão". Uma "Oficina de Foraclusão Digital" seria portanto um gênero de atividade onde ao invés de buscar incluir-se "profissionalmente" na tecnologia do capitalismo, o sujeito delira a máquina em si próprio, entendendo o mundo digitalizado como a encarnação de uma episteme contemporânea ao invés de uma indústria de carcaças que as contém. O eterno ponto focal do desejo inominável querendo vir a tona - um modo alucinatório de pertencimento ao sistema operacional do "mundo" (aspas nossas). Superados os termos técnicos e mercadológicos do sintoma tecnocrata, permite-se por exemplo considerar máquinas e bichos entidades de uma mesma ontologia. O canto do passarinho gerou a "inútil" flauta - ferramenta diferente da picareta, apesar de ambas serem usadas para inspirar uma colheita que é regida por outras forças da natureza, extra-corporais.