Máquinas: ter ou fazer?

Tati Prado levantou a questão do uso do Asus Transformer (com a dock) na transferência de arquivos pesados via cabo para desktop, e surgiram interações que foram além-resolução do problema...

 

Orlando:

As coisas são assim porque o fluxo e comodidade dos mercados ainda está em sua maioria atrelada às estratégias das indústrias, que procuram justamente desarticular alternativas, sempre, a todo momento, com a programação da obsolescência percebida e planejada e com a inviabilização de desenvolvimento para uma série de coisas que não seja dentro de suas regras. Triste mundo real.

Tati Prado:

Quanto à lógica dos mercados, é realmente uma coisa perversa. Outro dia uma amiga ia comprar um netbook simples, pra usar pra texto e email, nada mais, e tava sem grana. Sugeri que escolhesse uma máquina que não viesse com windows e ela achou uma que vinha com o mandriva. Deu pau três vezes nos primeiros dois meses de uso. Pergunta se alguém do suporte conseguia resolver? E aquela epopéia pra acionar a garantia e fazer valer a assistência técnica? A conclusão, pra quem nunca usou Software Livre é a mais óbvia: isso aí nunca mais. Difícil saber que esse é o modus operandi e ainda se consegue fazer muito pouco contra...

Iuri:

Eu já penso em fazer diferentes protocolos se comunicarem há muito tempo, principalmente protocolos de transmissão de dados. Então o que eu tenho aqui são algumas máquinas que servem para armazenar dados, ou servem como "tradutores" para fazer dados trafegarem de diferentes máquinas. A indústria chama estes computadores de NAS (network attached storage) e vendem como soluções prontas uns aparelhos que se ligam à rede local e têm barramentos para discos rígidos convencionais ou por USB. A ideia é que qualquer máquina, independente de sistema operacional ou protocolo utilizado (contanto que não seja um SPARC ou um comptuador com algum protocolo que nenhum outro computador usa) consegue transmitir informações, inclusive (e o mais interessante) dados de arquivos. Ou seja, a máquina serve para qualquer um com Linux, Windows, MacOS, etc. Conseguir usar qualquer protocolo de transferência de arquivos para se comunicarem como se utilizassem um protocolo único. Eu uso estas maquininhas há muito tempo, porque já tive estes problemas que a Tatiana está apresentando aqui há anos atrás. Principalmente quando o pessoal começou a usar Ubuntu e tinham dificuldades para configurar o maldito SMB pra acessar redes Windows (parabéns ao pessoal que desenvolve o samba, a propósito).