voltando no assunto depois de uns dias... acho interessante pensar em ações que ajudem a manter o legado que foi construído de maneira coletiva... tem dois tipos básicos de equívocos que eu vejo aparecendo por aí. o primeiro é oportunista, e quem leva ele adiante são os navegadores de hype, aquelas pessoas que têm uma compreensão rasa e acham que já viram tudo, e a partir daí passam a se utilizar, no nosso caso, do nome 'metareciclagem' pra vender seus próprios peixes, sem nenhum esforço de compartilhar e socializar o que fazem. digo no nosso caso, porque esse tipo oportunista de apropriação (ó como essa expressão muda de lado) também acontece na vizinhança: "tv livre" sem liberdade, "rádio livre" sem contextualização, a onda toda de governos usando argumentos financeiros pra usar software livre (economia de grana com licenças, ao invés de investir em desenvolvimento), e por aí vai. o segundo tipo de equívoco me incomoda menos: pessoas que ouviram falar de metareciclagem, por um amigo, blog, e-mail, ou até na TV, olhe só... e entenderam um pedaço. já vi fazendo isso pessoas que têm uma grande curiosidade por mergulhar dentro dos funcionamentos tecnológicos e simbólicos das máquinas de letras e números, como diz a Wan. pessoas que viram um pedaço e gostaram, e que podem ir mais fundo com isso.
a meu ver, em nenhum dos dois casos 'meios formais' pra deixar claro o que é a MetaReciclagem servem de alguma coisa. digo, o procedimento da GPL, de registrar para manter público, é um ato simbólico interessante - se mais pessoas acharem válido, a gente pode pensar em alguma maneira coletiva de gerenciar isso, apesar de eu preferir o caos. mas de qualquer forma, acho que é necessário fazer mais. se ainda tem gente que acredita que metareciclagem é mais do que desmontar computadores e instalar linux, o que falta é mais gente usar esse nome pra taguear suas coisas. e mais gente propor coisas com esse nome. eu tô começando a criar a minha resposta pra essa questão, com o mutirão da gambiarra - acho que um esforço coletivo de documentação da MetaReciclagem, depois de 5 anos em ação, é uma parte desse esclarecimento em duas frentes: que metareciclagem é mais do que instalar linux em computador velho; e que metareciclagem é uma rede, uma criação coletiva, que se desenvolveu num processo divertido e gostoso, que não se pode associar ao nome do primeiro navegador de hype que aparecer.
a quem quiser ajudar, tô preparando a feijuca pra começar o mutirão. tragam suas bebidas.
Há uma ou duas semanas rola na lista da metareciclagem uma conversa (ou ainda outra versão da eterna reconversa) sobre apropriação do nome MetaReciclagem, identidade em rede, e tudo mais. A conversa foi pra um lado e pro outro, Glerm apontou a redundância da conversa, Dpadua enfatizou que "reciclar computadores com software livre" não necessariamente é MetaReciclagem. a meu ver, em nenhum dos dois casos 'meios formais' pra deixar claro o que é a MetaReciclagem servem de alguma coisa. digo, o procedimento da GPL, de registrar para manter público, é um ato simbólico interessante - se mais pessoas acharem válido, a gente pode pensar em alguma maneira coletiva de gerenciar isso, apesar de eu preferir o caos. mas de qualquer forma, acho que é necessário fazer mais. se ainda tem gente que acredita que metareciclagem é mais do que desmontar computadores e instalar linux, o que falta é mais gente usar esse nome pra taguear suas coisas. e mais gente propor coisas com esse nome. eu tô começando a criar a minha resposta pra essa questão, com o mutirão da gambiarra - acho que um esforço coletivo de documentação da MetaReciclagem, depois de 5 anos em ação, é uma parte desse esclarecimento em duas frentes: que metareciclagem é mais do que instalar linux em computador velho; e que metareciclagem é uma rede, uma criação coletiva, que se desenvolveu num processo divertido e gostoso, que não se pode associar ao nome do primeiro navegador de hype que aparecer.
a quem quiser ajudar, tô preparando a feijuca pra começar o mutirão. tragam suas bebidas.