Ei,
seguinte, pensecando aqui sobre a “perda” do galpão. queria levantar uns pontos: é bom que a gente evite ficar numa onda de vítima. não foi o agente cidadão que tirou o galpão da gente. nós perdemos o galpão. por uma série de coisas que aconteceram, muitas, é verdade, fora do nosso alcance, a nova diretoria do Agente Cidadão perdeu o espaço ao lado do escritório. e por omissão nossa, por falta de trato, por não saber lidar, eles chegaram à conclusão de que não valeria a pena manter um espaço de trabalho aberto para a gente. mas não sejamos ingênuos: a situação não é que existia uma coisa que rolava “do jeito certo” e que de repente eles viraram de banda. é bem o contrário: se dependesse só do agente cidadão, metareciclagem por lá nunca rolaria. a gente conseguiu uma entrada e foi invadindo. da maneira pirata que sempre fazemos. isso rolou forte quando o dalton passava três dias por semana por lá, quando todo mundo ia aos sábados, quando eu trampei por lá, quando o slave aparecia sempre que podia, quando o mota passava dois ou três dias por semana lá. Depois, o Fuches ainda tentou, mas as condições já eram adversas. Não dava mais pra trabalhar. E pronto, acabou. Por ausência nossa.
Mas e daí?
Continuamos os maiores candidatos a receber doações deles. Desde que mostremos serviço. Não temos mais a liberdade de decidir o destino de quase todas as doações, como rolava no começo. Ainda bem. Nos últimos meses, o galpão não era mais uma vantagem. Era um estorvo. Difícil de chegar, um saco ter que lidar com a politicagem do pessoal e o oportunismo e a falta de compromisso de uns e outros. A real é que eles não foram nem um pouco “profissionais” ao deixar um bando de malucos fumantes e alcoolistas que falam código binário trabalharem por lá sem prestar contas de nada.
Eu acho que o galpão morreu.
Eu acho que aprendemos pra caramba.
Eu acho que tem um mundo aí fora de coisas pra fazer.
Tem quase 100 pontos de cultura. Tem a Sacadura Cabral. Tem o Parque. Tem um monte de esporos aparecendo por aí.
Metareciclagem é (muito) maior que o galpão.
Aliás, Metareciclagem é (muito) maior que a gente.
Boa sorte a todos. Mil galpões pra nóis.