Qual é a mágica de hoje?

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Enviado por mairabegalli em ter, 11/09/2012 - 22:22

Hoje é um dia mítico no imaginário dos tempos tecnomágicos: o mundo que desmorona, as máquinas que destroem paisagens construídas, a fragilidade do que parece seguro. 11 de setembro. O dia da queda de Ana.

Bruno Tarin postou no Copyfight:

A gestão de Ana de Holanda foi marcada por uma postura totalmente contrária a gestão dos ex-ministros Juca Ferreira e Gilberto Gil que implementaram diversos programas pelo MinC onde a cultura era entendida na sua dimensão antropológica e não somente das belas artes ou dos aparelhos de cultura. Outro aspecto da gestão de Ana de Holanda foi a valorização dos modelos de produção de cultura baseados no Copyright e nas ditas economias criativas. A saída de Ana de Holanda para a entrada de Marta Suplicy é uma incógnita, é realmente difícil saber se essa mudança irá se reverter em melhorias na gestão do MinC mas piorar parece ser bem difícil. O que traz uma certa alegria nessa mudança é o fato de que Marta teve uma participação importante na implementação e introdução no governo e no PT de uma cultura do software livre. O programa do telecentro de São Paulo (pioneiro) foi implementado durante a sua gestão em Sampa. Será que ela vai retomar a questão do software livre e da cultura livre no ministério da cultura? Pergunta importante e sua resposta parece depender da capacidade dos movimentos de articular isso. O fato é que seria muito bom mesmo ver esse tipo de ideia circular pelo ministério da cultura novamente... Agora um perigo espreita atrás dessa porta, essa guinada pode representar que o ministério da cultura se torne uma extensão do ministério do turismo visando os mega-eventos (principais são a Copa e as Olimpíadas) que estão por vir. Novamente repetimos que o tencionamento entre uma retomada ou ao menos um reconhecimento das políticas executadas na gestão Gil/Juca tem que ser feito pelos movimentos que nesse momento devem se aproximar da nova ministra para não deixar os novos rumos do MinC desandarem somente pro lado da cultura como turismo, da economia criativa e com isso do copyright e formas fechadas de produção, circulação e consumo de cultura.

Falando em feitiços, Fabi Borges fez um vídeo e perguntou aquilo que parece loucura para aqueles que não conseguem sentir: