Hudson foi um dos primeiros metarecicleiros a criar esporos por ai, e causa barulho. Sua entrevista para o MutGamb teve até nota de esclarecimento da Prefeitura de Sorocaba.
Bem longe de ser lucker de lista, Hudson trabalha metareciclando vida, sem se apropriar de coisas que nunca fez, sem surfar no hype de redes, ou coisas do gênero. Nessa semana ele foi indicado ao prêmio Prêmio Nacional de Acessibilidade WEB, promovido pelo W3C, e deu mais uma entrevista pro MutGamb, horas antes do Encontrão Metarec, em Uba.
Como você acessa a internet?
Hudson: Até o momento eu dependo de outras pessoas a ter acesso a internet, eu produzo muito no trabalho (Hudson é agente penitenciário) que mesmo sendo limitado à utilização da internet consegui estruturar o meu tempo com as produções e pesquisa. Entro meio hora antes e saio meia hora a mais, além de reduzir o horário do almoço para meia hora, com isso consigo conciliar o trabalho com as pesquisas e produções acadêmicas. Em casa, ano passado realizei oficinas de metareciclagem na minha garagem e consegui embutir nos vizinhos o conceito de compartilhamento, sendo assim o meu vizinho compartilha a sua conexão de 1 mega via wireless. O computador que possuo é um Pentium 4 e impressora metareciclada, onde a família desenvolve o seu aprendizado e aos finais de semana corro para casa da sogra. Investi um tablet xing-ling (Tablet Phaser Kinno PC-719 c/ 7 Polegadas, 2GB, Android 2.2, Wi-Fi + Teclado USB Preto/Prata) para utilizar aos finais de semana e a noite.
Como e quando você se inscreveu no Prêmio Nacional de Acessibilidade WEB?
Hudson: Ano passado tinha feito uma pesquisa para verificar a acessibilidade digital dos sites das secretarias e prefeituras municipais do Estado de São Paulo, além da execução da transparência das contas públicas nos respectivos sites. Me inscrevi no final de março, mais para divulgar o prêmio, já que sabia que várias pessoas do ramo estavam inscritas, já que pesquisava o assunto.
Em qual categoria se inscreveu e qual projeto?
Hudson: Me inscrevi na categoria Pessoas / Personalidades / Instituições, que visa reconhecer pessoa ou entidade que fez um grande trabalho ou promoveu alguma ação para o fomento da acessibilidade nos últimos 12 meses (a contar a partir de janeiro/2011). Para mim, foi um trabalho simples mas de grande valia, além de não ser um trabalho técnico, mas sim que qualquer pessoas poderia realizar e comprovar o que estava querendo dizer. Para minha surpresa consegui ser um dos finalistas ao lado do grande Marco Antonio de Queiroz - MAQ (o Bidu sobre o assunto no Brasil).
O que repersenta essa indicação?
Hudson: Foi uma reconhecimento, demostrando primeiramente que o meu TCC de graduação que era acessibilidade digital e foi muito debatido contra pela universidade, conseguiu alancar essa posição, além de ter sido reconhecido pelas pessoas que trabalham nesta área e ser divulgado na mídia, e de incentivar a continuar produzindo mais pesquisa e publicações que possam auxiliar o cidadão em sua rotina diária. Também poderei contribuir outras pessoas no processo de aprendizado, por exemplo na Rede de Projetos do Acessa São Paulo, no qual contribuo virtualmente com os monitores em seus projetos nas suas cidades.
Se pudesse pedir uma forma de incentivo para seu trabalho, qual seria?
Hudson: Como diz o ditado: "Casa de ferreiro é espeto de pau", mesmo sendo graduado em Sistemas de Informação, continuo sonhando há 8 anos em possuir um notebook com software livre e conexão a internet, para poder ampliar os estudos e quem sabe poder fazer uma pós-graduação / mestrado, pois o que recebo investi primeiramente na habitação, educação e saúde da minha família.
Como a lista do Metareciclagem te ajudou?
Hudson: Foi nesta convivência que chamo de "família metareciclagem", que consegui entender que qualquer pesso pode desenvolver o seu potencial, simplesmente interagindo em rede, seguindo o conselho do amigo Dpadua que o importante são as pessoa e a tecnologia é mato. Que a tecnologia é uma ponte, mas as pessoas são é que fazem a transposição entre essas pontes.