Nos próximos seis meses (de janeiro a julho de 2012) pretendo usar esse blog como forma de acompanhamento e documentação do que acontece na lista da MetaReciclagem e fora dela (nas redes amigas e nos projetos emergentes que surgem tagueados como #metarec). A ideia surgiu no ano passado, quando recebemos o "Prêmio de Mídia Livre Atrasado" e foi submetida como proposta ao MutGamb. Era uma necessidade que sentia desde 2009, quando Felipe Fonseca me convidou para mexer no wiki que era o Mutirão da Gambiarra, antes de ser um núcleo editorial colaborativo.
Quero acompanhar mais de perto alguns "esporos" e "conecTAZes", entender se essa terminologia ainda faz sentido e me aproximar dxs "fazedorxs" desses nós. Aproveito para dizer que aceito colaborações e sugestões de como fazer isso. Ao retomar o fluxo da lista no mês de dezembro, encontrei algumas coisas interessantes: do resgate das primeiras narrativas audiovisuais da Fabi Borges em 2003, até chegada do Chico Simões que reflete a ânsia que muitos de nós já tivemos (e ainda temos) em encontrar semelhantes nem que seja só para trocar emails de cantos diferentes do mundo. Ste fez um artigo sobre isso, inclusive.
Conversamos sobre futuros, sobre armar o "Encontrão MetaTropical" em maio (eu e efe submetemos um projeto no BNDES pedindo recursos para realizá-lo). Alguns estiveram no Encontrinho do MutGamb em Ubatuba, muitos estiveram no Festival de Cultura Digital conversando ainda mais, enquanto eu estava em Santos (num mundo paralelo decidindo caminhos). Regis copilou para lista uma citação de Eduardo Viveiros de Castro:
"Tecnologia é uma parte da cultura; já a cultura é um vasto sistema tecnológico de todo tipo: a língua, a vestimenta, o modo de administrar relações humanas, tudo isso é tecnologia."
Citação que ilustra um cenário de contestações contra cercos: o desmonte do MINC, a guerra do direito autoral, a plataforma guarda-logues que todomundo usa, a não-representatividade de alguns modelos. Dalton deixou a dica da MetaArqueologia: "rever o que fizemos, analisar de muitos modos, se questionar e abrir novos modos de conversa" e o link de um estudo sobre o Conversê. Felipe Fonseca deixou outro. Glerm trouxe um vídeo, o de um homem que acredita na construção lúdica em alimentar imaginários livres e viver simples assim.
Entrem e deixem a porta aberta :)