Iuri, no Bonobo: o que é livre?

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O Café Bonobo fica no Bom Fim. E lá, os metarecicleiros deram bons começos às discussões e afetos, no dia 27 de julho, em Porto Alegre, enquanto rolava o FISL13. Anne compartilhou imagens e Iuri trouxe relatos:

 

Conversando com a Fernanda Scur, o Diogo Leal e a Viviane aquela velha discussão software proprietário X software livre e no uso destas ferramentas, lembrei do e-mail da Fabiane do Peixe Morto e de outras oportunidades onde as pessoas discutem porque usam ou porque não usam software livre ou software proprietário. Tem essa coisa que todo mundo já sabe que acontece dos cursos de informática e mesmo os usuários que ajudam outros usuários ensinarem a usar softwares da Adobe por exemplo para desenvolver audiovisual, ou o pacote Microsoft Office para trabalho de escritório, e quando estes querem migrar para o software livre encontram dificuldade, levam muito tempo e normalmente são escorraçados, taxados de preguiçosos e sofrem com outras infantilidades. Até aí tudo bem, eu só ouvi essa conversa e fiz comentários irrelevantes que não tinham nada a ver com o caso. Agora o que me ocorreu que realmente me pareceu importante é que hoje em dia neste processo de software livre forçado pode começar a acontecer o contrário em curtíssimo prazo e em alguns lugares em médio e até longo prazo. Todos já devem saber que os governos federal e estaduais estão não adotando mas OBRIGANDO a usar software livre. Então por exemplo quando eu dava aula de informática na prefeitura de Fortaleza eu tinha que ensinar com Libre Office, Linux, GIMP, Komposer, etc. Sendo que eu tinha CERTEZA que aqueles que fossem trabalhar com isso iam usar Windows, Microsoft Office, Photoshop, Dreamweaver, etc. Então me pareceu lógico que eu tinha que ao máximo ensinar sempre conceitos e o mínimo possível dar aulas passo a passo sobre como utilizar os softwares apresentados, afinal eles tinham que ser capazes de usar qualquer software, proprietário ou livre, para desempenhar a mesma função. Até fiquei meio com medo quando eu saí e o professor que ficou é um destes bem intencionados que querem aprender, mas criam um preconceito e começam a usar termos como "ruindows", "programa do mal", e não conseguem entender o que leva uma pessoa a escolher usar software proprietário no lugar de software livre. De que adiantaria as crianças aprenderem a escrever html no gedit e leafpad, por exemplo, ou até mesmo usar IDEs como Komposer e fazer imagens no GIMP, se eu sei que lá em Fortaleza eles vão encarar um mercado dominado pela Microsoft, Oracle e Adobe, para citar apenas algumas? Mas o pessoal do institucional ficava com um discursinho pronto que eles aprendem com os "linux die hards" por aí e acham que estão salvando o mundo da opressão e do corporativismo porque estão trabalhando em um governo que "adota" o software livre (engraçado que no computador que eles usam pra trabalhar só tem windows, e ainda é xp porque eles não querem aprender a usar as novas versões, mas na hora de vir ensinar nós padres a rezar missa eles enchem a boca pra listar uma distorção do que ta escrito no site da FSF, e que a maioria não entende porra nenhuma, mas software livre ta dando votos e diminui custos).